quinta-feira, 17 de maio de 2012

Donna Summer - Last Dance

Dance Diva!!! Ao lado da mais brilhante estrela, que se ofuscará diante de você....

Já estou com saudade

Serei contraditória ao nome do meu blog (O som das palavras), pois nos entendemos pelo olhar. É claro que ele me ouve, mas não posso exigir que ele use o mesmo recurso comigo, porque é no silêncio e na singeleza dos gestos que nos entendemos.
Serei coerente ao nome do meu blog, pois nos entendemos pela música...
Trago bem definida na memória a primeira vez que cantei para ele. O brilho fulgente dos olhinhos pretos me comoveu e foi o arremate do laço do presente que ganhei. O sorriso sincero e puro, traduzido pelos pequenos lábios, convenceu-me de que seríamos grandes parceiros.
Sentirei tanta saudade....
Muitas vezes, quando meu coração se fazia temeroso, ele me ouvia e dava sábios conselhos. Eu criava alma nova.
E nossas serenatas? Quanta festa!
Uma vez, por segundos, ele se aninhou em meu colo e deitou a cabeça em meus ombros e quando se levantou, sorriu como se tivesse certeza da minha felicidade.
Ainda que com pouco tempo de convívio, posso dizer que aprendi muito com o Luiz. Aprendi que para expressar nossos desejos e traduzir nosso eu basta um olhar, um toque, porque talvez as palavras não deem conta ou existam formas mais sofisticadas de se fazer entendem, as quais nós (supostos normais) ainda não temos condições alcançar (o Luiz sabe disso e, um dia, ele há de me contar).


Sempre que eu cantar "Bum Tchibum, Chala la la la, Bum Tchibum, Chala la la la" Vou lembrar dele, principalmente do dia em que, com o olhar perdido, ouvi seus lábios repetirem Tchibum, Tchibum.....








quarta-feira, 16 de maio de 2012

Guns N' Roses - Patience

Little patience, mhh yeah
Need a little patience, mhh yeah
Just a little patience, mhh yeah
Some more patience



Lenine - Paciência Acústico

Só para lembrar: Paciência também é um exercício!

Paciência


"A paciência é uma árvore de raiz amarga, mas de frutos muito doces."

Como será o dia em que hei de colher tais frutos? Enquanto esse dia não chega, preciso encontrar caminhos para que o amargor da raiz não fira meu paladar, impedindo que me deleite ao sabores dos doces frutos da paciência.
Filósofos, poetas e a ciência popular têm divagado sobre esta virtude na tentativa vã de convencer a humanidade a ter paciência.
Não sei se paciência é a arte de esperar, mas existe algo que sutilmente a aproxima da esperança.
Há uma verdade em tudo isso: para superar a pequenez humana diante de impossibilidades, nada melhor que uma boa dose de paciência!
Além da Esperança, a Paciência é amiga da Resignação. Fruto do casamento entre a Cautela e o Bom senso, a Paciência se dá muito bem com seu irmão mais velho Respeito. Atualmente, anda flertando com o Tempo, mas dizem as más línguas que eles não se darão muito bem. Os otimistas garantem que será uma combinação perfeita. O desejo da família é que ela se una ao Trabalho (eu particularmente torço para que o cupido acerte essa dupla).
Enfim já perdi a paciência inúmeras vezes. Aliás, nos últimos dias ela anda fugindo de mim, mas eu não desisto de buscar um caminho para que o amargor da raiz não fira meu paladar quando me for permitido o pleno gozo do néctar que os frutos da paciência verterão.


terça-feira, 15 de maio de 2012

O que eu faço????

Testo areia movediça;
Enxugo gelo;
Tiro o pó dos desertos;
Conto estrelas (isso me distrai);
Remo contra a maré;
Procuro agulha no palheiro;
Recupero taças de cristal estilhaçadas;
Acendo velas ao vento;
Faço cálculos para descobrir N + 1 (considerando N = a qualquer número natural);
Desço escada rolante enquato esta sobe;
Aposto moedas no ser humano....




sábado, 12 de maio de 2012

Mãe...tu és divina e graciosa!

Dentre as definições de mãe, gosto dos sinônimos causa, origem. Não pelo simples ato de gerar e conceber ao mundo um novo ser, mas pelo cuidado de mantê-lo vivo, de possibilitar que a semente cresça, prospere e também dê frutos. Tarefa árdua essa que só se permite porque o amor de mãe é quase divino e dono de uma força imensurável, capaz de hidratar o ressequido sertão. Falo em causa própria, pois sou consequência do mais sublime amor e virtuosa fé.
Esse amor não é privilégio de todos....há aqueles que interrompem sua missão, acreditando que o parto seja  legítimo e o último ato de amor...
Manter vivo o rebento é missão perene. Perene porque o amor é infinito.
Todo dia é dia de agradecer àqueles que lutam, não medem esforços para nos manter vivos.
Todo dia é dia de cantar louvores àqueles que não poupam zelo e não esperam nada em troca para nos manter vivos.
Ainda que a acepção biológica determine nossa filiação, prefiro render meus préstimo a quem cuida de mim como se minha existência fosse imprescindível para o mundo....
Felizmente minha mãe biológica também é aquela que preza pela minha vida, abrindo mão da própria para me  permitir viver plenamente....mas ao meu redor há algumas pessoas que tomam contam de cada passo meu para que eu não me perca e nem me machuque nos espinhos que surgem na senda da vida!
Meus agradecimentos a todos que abraçaram a arte de manter alguém vivo e que sabem viver esse ato de fé e amor.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Adele - Rolling In The Deep

Hoje tem que ser esta!


"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma." (1 Coríntios 6:12)



Pois é...se eu não acolhesse esse princípio, faria uma revolução...

Não faria imposições, apenas inverteria a ordem dos eventos.
Usaria mais o azul.
Apagaria das mentes decrépitas o talvez.
Aqueceria o morno ou o colocaria no congelador.
Injetaria nos corações enegrecidos uma boa dose de carmim.
Abriria os olhos dos que não deixam as pestanas trabalharem.
Arrumaria um bom motivo para dizer não.
Casaria o bom senso com a criatividade.
Varreria do meu caminho fiapos humanos que insistem em se espalhar no chão, ao invés de se constituírem nobres fazendas.
Descobria uma maneira de ficar invisível por um instante.
Derrubaria as grades da intolerância.
Prenderia a incompetência no calabouço da ignorância.
Compraria um bilhão de sonhos e distribuiria aos desiludidos.
Faria outras tantas coisas. Só pelo prazer de arrumar trabalho para quem não tem o que fazer e prefere vigiar o jardim do vizinho a cuidar das próprias flores (se é que elas existem para tais pessoas).
Será que o desejo é lícito? Ainda que fosse....muito do que eu quero, não me convém!!!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

E a cada término de trimestre a história se repete!

Deveria ser " A VALIA É"...
Mas insistem em em dizer "A VALIA SÃO"...
Se vivemos investigando, observando, palpitando, cutucando a ferida, deveria ser mais fácil assinalar uma simples coluna. Basta escolher: Satisfatório ou Insatisfatório. Simples assim.
O problemas é que trocaram "A VALIA É" por "A VALIA SÃO" .... e o caos se instalou definitivamente com a discordância verbal!
Pensem comigo: se trocarmos o termo valia pelos sinônimos merecimento ou mérito, adequadamente acompanhados pelo verbo ser na terceira pessoa do singular do presente do indicativo, teremos a expressão "O MERECIMENTO É", o que impossibilita responder satisfatório/insatisfatório sem a coordenação de um novo período precedido pelo conectivo porque. Dessa forma: O MERECIMENTO É SATISFATÓRIO PORQUE o aluno sabe utilizar conhecimentos sobre o sistema de escrita para localizar palavras num texto de memória, produzir escritas numéricas para representar quantidades e assim por diante....
Mas como insistem em dizer "A VALIA SÃO", não há sintaxe que resista a tamanho desvio da norma culta da língua. Então o preço é alto e nos vemos com a jugular em perigo, devendo colocar o xis em uma das colunas (já identificadas acima) a seco, sem a menor indulgência pela incapacidade de medirmos os saberes de alguém, num dado período, previamente estipulado.
Enquanto a salvação não vem, vamos cometendo pequenos delitos em nome da burocracia sufocante, que por vezes insiste em escravizar a ciência de potencializar os saberes mais preciosos do Homem.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Porque hoje é sexta-feira




Toda sexta-feira
Eu desenho um navio de partida com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida...
Toda sexta-feira...
Ouço as canções que você fez pra mim...
Toda sexta-feira...
Há de surgir uma estrela no céu cada vez que'cê sorrir...
Toda sexta-feira...
A vida se repete na estação, tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais...
Toda sexta-feira...
Eu conto as horas pra poder te ver e quero sua risada mais gostosa e esse seu jeito de achar que a vida pode ser maravilhosa...
Toda sexta-feira...
Eu quero ver o por do sol, lindo como ele só...
Toda sexta-feira...
Eu quero descansar, chegar até a praia e ver...
Toda sexta-feira...
Por favor, não evites meu amor, meus convites...
Toda sexta-feira...
A minha estrada corre para o seu mar....


Ahhhhhh sexta-feira.....

Sutilezas e mistérios da nossa Língua Portuguesa....

E o Calvin preocupado com a matemática!


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Que venha o segundo trimestre....

Planejamento pedagógico é algo muito questionável, não quanto ao que se refere a projetos temáticos, didáticos e assim vai. O que de certa forma me incomoda é que, a cada trimestre, somos "convidados" a delinear o caminho a ser percorrido por nossos alunos: "neste trimestre espero que meu aluno....." e um leque enorme de imperativos verbais se desdobra sob a mente confusa, cansada e desacreditada do professor.

Agora o MEC discute a elaboração de uma matriz curricular única, expectativas de aprendizagens a serem alcançadas pelos discentes de todo o país.

Não sou contra referências, muito pelo contrário, elas são imprescindíveis para controlarmos nossos trabalho, ideais e metas. Mas quando o assunto é ser humano e a obscuridade que habita os recônditos cerebrais, a situação se configura num vetor ilimitado.

A cada estudo que realizo, descubro que não posso contar com os saberes que outrora resolviam meus problemas e, se sou desafiada por argumentos inconsistentes, mascarados de invulnerabilidade, esqueço qualquer traço walloniano que possa existir em mim. Reajo como uma boa piagetiana e devolvo a provocação impossibilitando qualquer forma de acomodação em que o outro possa se encontrar. É claro que nem sempre a impossibilidade é conferida, mas que meu oponente é obrigado a construir novos esquemas mentais para me convencer, é indubitável.

Devaneios à parte, estabelecer metas no processo de aprendizagem pode ser um tanto quanto perigoso, afinal, quem tem a real dimensão dos limites da mente humana e do tempo de cada um para aprender?

E depois, fazem da pedagogia uma ciência de pequeno porte (usar o termo ciência já é um luxo), mal remunerada e de valor acadêmico quase inexistente (sendo bem otimista)

Isso tudo porque em meu próximo HTPC (horário de trabalho pedagógico coletivo, caso alguém se interesse saber) orientarei meu grupo de professores a planejar o segundo trimestre e, sempre que momentos como este se aproximam, um torvelinho assalta minha essência cartesiana e eu começo a desconfiar de tudo que aprendi até agora, principalmente da ordem dos fatores.

Como é magicamente tortuoso o caminho desenhado pela educação....


terça-feira, 1 de maio de 2012

Salve 1º de maio!!!


Nunca se sabe ao certo o que é que inspira o homem a trabalhar. O mais comum é pensar como os marxistas, já que o materialismo histórico tem regido as relações de produtividade no mundo moderno. Eu prefiro acreditar que, para além de garantir nossas necessidades básicas, cumprimos um papel estruturador na sociedade, compomos o mundo e somos compostos pelos resultados advindos de nossos esforços. Para além de protocolos sociais (trabalhar é politicamente correto), prefiro acreditar que trabalhamos para cumprir nossa missão, seja ela qual for, sob a égide de qualquer princípio religioso ou filosófico. Prefiro acreditar que, para além de pagar nossas contas e compromissos tributários, trabalhamos para diminuir a distância entre o real e o onírico, para sermos de fato homens e mulheres transformadores da história e produtores de conhecimento. Prefiro acreditar que pelo meu trabalho posso tornar alguém melhor....e você, por que trabalha? (Tatiana Santos)

Descaminhos

Meu plano era bem simples. De repente veio um sopro e me afastou do caminho que eu ousava, inutilmente, percorrer. Tomei um atalho....durante a caminhada apanhei algumas borboletas, enfeitei-me com belas flores e quando dei por mim, estava novamente no caminho de outrora. Ainda sabendo que não devia trilhar por ali, continuei....num lapso de consciência, descubro que a probabilidade de voltar de mãos vazias é enorme. Como perdi o mapa e meu plano naquele sopro, não sei como voltar, aliás nem sei se quero voltar. Está difícil de voltar, pois certamente o que deixei para trás já não tem o mesmo valor e o que quero abandonar já deixou sua marca.

(Tatiana Santos)

Eustilhaços

Isso faz um tempo,
hoje estou inteira!
Mas é bom não esquecer quando nos despedaçamos....

E agora eles estão lá, olhando para mim....querendo explicações....suplicando que eu os recolha. Já deviam estar acostumados às batidas desenfreadas, provocadoras de profundas rupturas. Batidas intermitentes.

E agora eles estão lá, esperando que eu lhes estenda as mãos, antes que se percam entre as folhas que resistiram ao outono.

E agora eles estão lá, imaginando o que farei quando recuperá-los. Estão menores que outrora, porém pesados e débeis. Será que há chance? Há tempo? Clamam pela minha misericórdia....e só eu posso rendê-los....

E agora eles estão lá, indignados, perguntando-se por que deixei que fossem atirados ao chão, por que permiti que cristal tão precioso e raro se transformasse em cacos.

E agora eles estão lá....


 

Tatiana Santos


Para o feriado que o vento vai levando.....

Sinais

A doçura das exclamações durara pouco. Logo, num arroubo insensato, fora silenciada por dois pontos indolentes e assim, as dores foram enumeradas e, a cada vírgula, emergiam mais fortes e, sem que se quisesse, sucumbiram à digressão. Abrira-se um parêntese. (que por sorte se fecha) As exclamações fugiram do cativeiro e, uma a uma, ganharam forma. Contudo, retornaram frágeis demais para resistir às interrogações. Tantas foram as interrogações, que por clemência das aspas, Deus derramara o ponto final. A mim resta iniciar uma nova história.

(...) 

Então, pulo uma linha e um novíssimo parágrafo se abre iluminado para mim!!!

(Tatiana Santos)


Prelúdio de inverno


Revirando antigos escritos (não tão antigos, escrevi  isto no dia 7 de setembro de 211), encontrei este que escolhi para inaugurar meu blog, porque sou sensível às mudanças climáticas, sejam elas meteorológicas ou temperamentais. Nem sei se blogs estão na moda, mas resolvi embarcar nessa...

Quando o sol está com sono, faz um frio imenso em meu coração. Para não perecer, ele se esconde nos recônditos do inverno a esperar que o derradeiro cristal de gelo se quebre. O meu sol tem o sono pesado.....será que restarão sementes para florescer? Se ele demorar a acordar, talvez fique o vago perfume da primavera de outrora, o eco das folhas outonais ressequidas ao pé cansado, o doce (que escapa da ponta da língua) refresco de abacaxi com hortelã do verão perdido no horizonte. Quando o sol acordar, se houver tempo, o pulso sorrirá para que meu coração reaprenda a cadência esquecida...se for permitido recordar, estarei aqui. Quando eu estava verão, meus olhos dardejavam luz. Sobre minha pele dourava, repousava o alvor napolitano. Por entre meus lábios havia um beijo fugidio. E veio o vento do sul.....soprou forte, atrapalhando meus cabelos. Outono? Não sucumbi à tempestade. Sofri uns arranhões de granizo. Não sabia se o que me molhava era chuva ou lágrimas. Ainda trago as roupas úmidas...enrugadas....encolhendo.... Por ora, ninguém ousa despertar o sol, porque alguém ousa enamorar a lua.....

(Tatiana Santos)