quarta-feira, 31 de julho de 2013

Memórias de um mergulho no universo da escrita

o Caderno.
o Lápis.
a Mãe amorosa....
a Cozinha.
as Fichas.
a Cópia.
o Mistério.
o Medo.
A criança sequiosa.

Palavras soltas. Frases cadenciadas.
Figuras perfeitas. Cores fascinante.
Leituras silabadas. as Mãos calejadas.
Doces horas. o Tempo que passa.
Descobertas a surgir. Desafios eternizados.
Turbilhão na mente. a Voz que falha.

Degraus que se galgam. Barreiras que se quebram. Luzes que se acendem. Vitórias que se alcançam.

Então.....

que maravilha!!!
a Escrita.
o primeiro Verso.
a Leitura. o primeiro Gibi.
desvelar o Submerso, o Aqui, o Ali....

CRESCER, FLUIR, REINAR
ESCOLAR...
ESCOLAR..........
ESCOLAR..........................


terça-feira, 30 de julho de 2013

"Eu canto porque o instante existe"

Porque cantar estabelece uma lógica de vida indispensável para que eu possa me entender....

Acho que é isso que responderia, se me perguntado fosse sobre a importância do canto para mim.

Quando canto, sinto entrar em contato com outro plano de existência: mais leve, benevolente, iluminado. Experimento uma sensação de prazer indescritível, algo que me aproxima das pessoas pelo que elas sentem de mais profundo e precioso.
Ao cantar construo as mais variadas imagens, viajo pelos mais insólitos lugares, mergulho no âmago mais oculto do ser humano, penetro nas formas mais complexas de pensamento, absorvo as manifestações culturais mais exóticas. Conheço o mundo. Incorporo o universo.
Mas é preciso que elas sejam desenhadas com pretensões sociais e intelectuais, que possam interagir com as instância racionais e emocionais do homem. Só assim conduzirão às experiências que mencionei anteriormente.
É preciso que a música também provoque dúvidas, desequilíbrios em relação às verdades que cultivamos, levando-nos a construções, desconstruções, novas construções, num movimento cíclico e dialético. Fazer pensar, refletir, pulsar, sentir, falar é uma das múltiplas funções de uma boa música.
A música pode dar conta de um momento histórica, de uma concepção política, de um posicionamento filosófico, de um patrimônio cultural. Pode ser um apelo, uma denúncia, um grito, uma lágrima, um sorriso.
E o que mais me intriga é a capacidade de revelar tudo isso metaforicamente, ocultando o conteúdo através de um jogo simbólico que mobiliza nossas interpretações mais subjetivas e diversas. (aliás como amante da língua portuguesa, considero as metáforas os recursos linguísticos que dão um tom todo especial às letras de música, transformando-a em poesia, em história, em manifesto, em parábola, em mito ou lenda)
A dimensão estilística da música não se delineia apenas por meio de ritmos e figuras musicais, mas também por vias contextuais, lexicais e semânticas. As palavras que compõem a letra de uma música têm participação decisória em seu estilo.
Certas músicas sensibilizam tanto nossa mente que através delas podemos nos aproximar de Deus, entrar em sintonia espiritual, alcançar a essência angelical. Têm o poder de nos conduzir à aura celeste parecendo nos transportar do mundo físico. Com isso, estabelecemos contato com experiências divinas, que vão além da matéria, sublimando nosso pensamento e nossas ações. Contudo, é preciso acreditarmos nesta possibilidade, desligando-nos da concretude do mundo e mergulhando em íntima meditação, procurando atingir energias que só captamos em harmonia com Deus.
Quando canto tenho esta deleitosa sensação. Quando canto pareço levitar e alcançar aquilo que minhas mãos não podem tocar, aquilo que meus olhos não podem divisar. A única coisa terrena a que me permito é ouvir minha própria voz, enveredando-me  por caminhos de êxtase, paz e serenidade. 


Bem diz o ditado: "quem canta, seus males espanta"

domingo, 28 de julho de 2013

Bom domingo!

Um céu azul capaz de inspirar a busca de bons pensamentos.
Um sol doce capaz de afugentar o amargor da almas frias e insensíveis.
Um domingo qualquer a te impelir a celebrar a vida.
Uma música instigadora para fazer pulsar a seiva que percorre o corpo de quem tem fé.
Uma brisa perfumada para te lembrar que ainda é inverno.
Uma luz cambiante que anuncia um tempo para comungar com o bem.
Um momento, uma oportunidade de revisitar, um instante de felicidade.


Chácara Silvestre

sábado, 27 de julho de 2013

Ideário


O primeiro passo para expressar determinadas ideias é nelas acreditar.
Além disso, nada surge do vazio e, muito menos, nele prospera.

(Ilustração de Christian Schloe)
As ideias são como o som, não se propaga no vácuo. Dependendo do local onde são lançadas, produzem ecos (bons ou ruins) que atestam sua permanência no tempo e no espaço, ora curtos, ora longos. É claro que o eco é efêmero, mas se for impactante, fica registrado em nossos ouvidos, como belas melodias a serem entoadas para a eternidade. A prova disso, são as máximas cujos mentores já não se encontram na contemporaneidade, mas que resistiram à velocidade do tempo, venceram a passagem dos anos, mantendo-se tão vivas quanto outrora.
Ideias são sementes e como elas, não bastam serem lançadas em solo fértil. É preciso que sejam devidamente cultivadas para brotarem e vicejarem, dando-nos valiosos frutos. Para criarem raízes fortes, as ideias devem ser regadas com muito estudo, pesquisa, indagação, perseverança e paciência. Paciência para aguardar seus tão sonhados resultados.
(Ilustração de Christian Schloe)
As ideias são o que animam a mente e nem sempre são inéditas ou inovadoras. Muitas vezes, simplesmente traduzem determinadas concepções e alguns pontos de vista em relação a algo pertinente à vida. Cada ser humano interpreta a vida e seus constituintes de maneira bastante particular, de acordo com sua cultura e tipo de educação a que foi submetido. Assim, nada nos impede de desenvolver ideias próprias, não necessariamente exclusivas sobre casamento, amor, morte, vida, trabalho, educação, política, esporte, sociedade, arte, religião e tantos outros elementos que compõem nosso cotidiano.
Também vejo as ideias como virtuosas bailarinas, inquietas e matreiras. Apresentam-se quase sempre em grupo, labutando em belos espetáculos, cujo corpo de baile é sempre numeroso e exuberante. Seus movimentos se justapõem, ora confundindo-se com a leveza dos véus que as cobrem, ora misturando-se aos gestos frenéticos de seus passos.
(Ilustração de Christian Schloe)
Assim são as ideias! Dinâmicas, nunca isoladas. Pensamos em várias e sobre várias coisas simultaneamente, sem nos darmos conta do jogo dialético que as envolve. Mesmo que eu disponha a discorrer sobre minhas ideias em relação a determinado assunto, será quase impossível não abordar outro, que considero adjacente e complementar. Não conseguiria falar de amizade, sem falar de outros sentimentos....
Da mesma forma que as dançarinas, as ideias gostam de se mostrar, expondo-se para um grande público. Algumas, são tímidas, têm dificuldades para se apresentarem. Temem não serem aplaudidas, temem serem repelidas. Outras, porém, não se importam com o anonimato. Satisfazem-se vivendo do reduto mental de quem as produziu. Não sentem o mínimo desejo de saírem de lá.
(Ilustração de Christian Schloe)
As minhas ideias são um pouco assim, reservadas, caladas, têm um pouco de receio de aparecer. Só quando muito solicitadas elas se pronunciam, caso contrário, preferem não se manifestar.
Mas há que se respeitar cada gota que constitui o mar de ideias que dançam mundo a fora.
Cada um defende um ponto de vista, uma verdade. E num momento ou outro cada um tem a sua razão e, se os argumentos forem bons, derrubam qualquer absolutismo barato.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Cérebro, lábios e dedos congelados


Alguém há de falar por mim!



"E no meio de um inverno eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível" (Albert Camus)





"Inverno 
é tudo que sinto
Viver
é sucinto"
(Paulo Leminski)






Manhã de InvernoCoroada de névoas, surge a aurora 
Por detrás das montanhas do oriente; 
Vê-se um resto de sono e de preguiça, 
Nos olhos da fantástica indolente. 

Névoas enchem de um lado e de outro os morros 
Tristes como sinceras sepulturas, 
Essas que têm por simples ornamento 
Puras capelas, lágrimas mais puras. 

A custo rompe o sol; a custo invade 
O espaço todo branco; e a luz brilhante 
Fulge através do espesso nevoeiro, 
Como através de um véu fulge o diamante. 

Vento frio, mas brando, agita as folhas 
Das laranjeiras úmidas da chuva; 
Erma de flores, curva a planta o colo, 
E o chão recebe o pranto da viúva. 

Gelo não cobre o dorso das montanhas, 
Nem enche as folhas trêmulas a neve; 
Galhardo moço, o inverno deste clima 
Na verde palma a sua história escreve. 

Pouco a pouco, dissipam-se no espaço 
As névoas da manhã; já pelos montes 
Vão subindo as que encheram todo o vale; 
Já se vão descobrindo os horizontes. 

Sobe de todo o pano; eis aparece 
Da natureza o esplêndido cenário; 
Tudo ali preparou co’os sábios olhos 
A suprema ciência do empresário. 

Canta a orquestra dos pássaros no mato 
A sinfonia alpestre, — a voz serena 
Acordo os ecos tímidos do vale; 
E a divina comédia invade a cena. 

Machado de Assis, in 'Falenas'


terça-feira, 23 de julho de 2013

Não quero escrever, mas respirar Manoel de Barros

O Livro sobre Nada
Manoel de Barros
  • Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.
  • Tudo que não invento é falso.
  • Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
  • Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
  • É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
  • Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia.
  • Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o contrário.
  • A inércia é o meu ato principal.
  • Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
  • O artista é um erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.
  • A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
  • Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
  • Por pudor sou impuro.
  • Não preciso do fim para chegar.
  • De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra — Como um lápis numa península.
  • Do lugar onde estou já fui embora.

O colorido especial de quem lê!


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Tempo de recomeçar....

Se cada volta é um recomeço, espero voltar muitas vezes!

(Imagem de Sergio Lopez)

Dar um novo colorido a cada reinício. Enredar-me sutilmente na arte de renovar. Envolver os ganhos do ontem aos desafios do hoje para delinear o próximo recomeçar: futuro....
Ah futuro, esse estranho que nunca chega, embora se anuncie diariamente. Adorável desconhecido que nos impele à luta, num baile dialético para fazermos dele o presente.

(Imagem de Sergio Lopez)
Recomeçar é acreditar que um futuro vindouro e próspero pode se concretizar numa sublime dádiva, num surpreendente presente para crescermos e fortalecermos nossas convicções, para engrandecermos o espírito e elevarmos o eu, nosso bem precioso!



sábado, 20 de julho de 2013

Um breve tratado sobre amizade


Pretendo fugir de alguns clichês, mas não poderei sonegar as máximas que compreendem as mais diversas interpretações sobre amizade.

Amizade é um conceito que só podemos definir vivendo a amizade.

Sempre fui muito reservada, mas sempre fui presenteada por pessoas especiais, que fizeram a diferença em determinados momentos de minha vida. Com algumas perdi o contato, no entanto meu sentimento continua o mesmo, minhas lembranças são as melhores e não me lamento pelos motivos que nos afastaram. O que me importa é que fiquei com a melhor parte de todos os coração que pulsaram junto ao meu. Sei que se procurá-las, serei recebida com doces sorrisos.

Com o tempo, fiquei mais participativa de eventos sociais e me libertei do casulo, permitindo-me rir, falar besteira, sonhar, chorar ao lado de pessoas incríveis que me ensinaram outras maneiras de fazer o tempo passar, de forma tão produtiva quanto o tempo que gastava estudando.

Coleciono pessoas lindas no álbum que é minha vida. E são de uma variedade que me impedem selecionar quem é a melhor, a mais especial, a mais "amiga". Até porque ninguém é completo e, tão pouco, perfeito.
Para muitas dessas pessoas, talvez eu não seja a melhor referência de amizade, mas sei que gostam de mim. Não sou a melhor referência de amizade, pois minha presença física não é equivalente ao que se cotam como ideal de um verdadeiro amigo. Dessa forma, quero registrar aqui meus sinceros sentimentos por essas pessoas (e elas saberão que fazem parte desse círculo virtuoso) tão belas e que deixaram marcadas em mim suas melhores versões.

Meu coração bate silencioso, mas cultiva um jardim de raras flores que poderão ser colhidas sempre que sentirem vontade ou precisarem de odores para revigorar as energias.
Meus lábios são de poucas palavras, mas sabem cantar canções quando seus ouvidos precisarem de inspiração.
Meus ouvidos são todos de vocês , incondicionalmente. Basta acionar.
Meus braços ficam cruzados, porque sinto frio de vez em quando. É minha tática para me esquentar, mas abro facilmente para recebê-los e afagar sua fronte com minhas mãos.
Não fico somente na espera.... meus pensamentos viajam sempre em direção às suas vidas (talvez eu precise demonstrar mais que faço isso) e torço para que o melhor esteja entre vocês. Minhas preces (para aqueles que acreditam) são sintonizadas para que cheguem em cada uma destas pessoas perfumadas que fazem parte de minha história.

Obrigada queridos pela paciência, pela compreensão, pela devoção, pelo carinho, pelas mãos oferecidas, pelos beijos e abraços afetuosos e por acreditarem em mim, ainda que eu não dê motivos concretos e palpáveis para que me chamem de amigo.......




sexta-feira, 19 de julho de 2013

"A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não"


Você prefere dizer que o copo está meio cheio ou meio vazio?

Você prefere dizer que não há sol ou que o sol está encoberto pelas nuvens num dia nublado?

É claro que nem sempre é fácil ver o lado positivo das situações adversas que nos surpreendem ao longo da vida. No entanto, essa possibilidade existe e não custa exercitar.

Observe a ilustração abaixo:


Ela nos dá uma clara representação de que podemos mudar o curso da  rota de acordo com nossas opções. Os primeiros quadros podem simbolizar uma situação associada às condições do meio (tristeza e possibilidade de se colocar um fim na vida). Os dois últimos quadros ilustram o livre arbítrio e a "arte de sorrir cada vez que o mundo diz não" (Guilherme Arantes).
Torno a repetir: dizer isso quando se está bem é muito fácil e não me eximo da possibilidade de não conseguir pensar positivo. Contudo, há que se experimentar, para criarmos esquemas mentais que nos conduzam às atitudes e pensamentos positivos.
Isso me lembrou uma certa historinha:



"Contam que certa vez duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente, assim logo ao cair nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e de se debater e afundou. 
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte era tenaz, continuou a se debater a se debater e a se debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca conseguiu, com muito esforço, subir e dali levantar vôo para algum lugar seguro."


Pois bem, a mensagem é simples: "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória" (já citei isso aqui no blog em outro momento). Então, cuidar das escolhas e da forma como encaramos cada situação implicará sucesso ou não; o resultado esperado é você que escolhe!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Alguém conhece uma palavra maior????



pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico



Motivos para viver


Ali existe uma flor:

Que perfuma!
Que matiza!
Que encanta!

Ali existe um sol:

Que aquece!
Que ilumina!
Que fortalece!

Ali existe um céu:

Que ampara!
Que pacifica!
Que estende horizontes!

Ali existe água:

Que purifica!
Que renova!
Que socorre sedentos!

Ali existe um coração:

Que pulsa!
Que acolhe!
Que acalenta!

Ali existe uma criança:

Que sorri!
Que dá as mãos!
Que brilha!

Aqui existe você!
Que busca o ali.
Que traz a vida e a vontade de viver.
Que irradia luz e as bênçãos que o Criador derramou sobre sua alma.



Então, diante desse esplendor, ampare o próximo, permita-se estender as mãos aos que o procuram e abraçar os fracos e oprimidos.
Que seu sorriso seja fortalecedor!
Que seus lábios sejam portadores das Boas Novas!
Que seus olhos vejam bons caminhos!
Que suas mãos conduzam à paz e à esperança!
Que seu amor seja sem medidas!

Vamos viver?




Não creio que viver seja simplesmente abrir os olhos, sair da cama e, pragmaticamente, começar a dar conta de nossas tarefas cotidianas.
Viver é uma dádiva de Deus aos pobres mortais, sedentos por aprender o caminho para a vida eterna e como alcançar o céu, muitos por mero e ignóbil capricho, outros por crença e convicção religiosa, alguns por sensata certeza de que a vida não acaba aqui e de longeva existência contempla o ser humano.
Viver é coalescer o que se aprendeu ontem à possibilidade de aprender hoje para auferirmos a almejada experiência do amanhã.
Viver é mergulhar nas profundezas do desconhecido, acreditando na ventura de segurar nas mãos de Deus e deitar os olhos sobre nosso devir, numa dança dialética e efusiva, compassada ao mavioso som da liberdade.
Viver é oportunizar o crescimento do outro, próximo a nós, coadjuvando para o alcance de nosso próprio crescimento.
Viver é amar, perpetrando corações e derramando sobre eles o matiz da caridade emoldurada por doces e singelos sorrisos.
Viver é resgatar resquícios de vida que se esvaíram por nossos dedos em passadas vivências.
Viver não é simplesmente estar vivo e responder aos estímulos do meio. Viver transcende o concreto e observável, mas também pode ser delineado no aqui e no agora.
Viver é encontrar razão para existir; é ter pessoas para as quais sorrir; é ter mãos para apertar, beijos para distribuir, ouvidos à quem falar; é pulsar pelo bem e pela certeza de que a história que conhecemos sobre nós é apenas um grão de areia da duna que
poderemos nos tornar.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Vibrações


Imagine...
...a aurora emergente do excelso sono a derramar-lhes luminosidade e calor, anunciando as bonanças do novo dia.


Devaneie...
...ao sabor das carícias da brisa ao beijar sua face, quando você se entrega à ventura de alçar grandes voos.


Perceba...
...o perfume benfazejo que emana de seus lábios a cada palavra bendita proferida, a cada canto euforicamente entoado.


Sinta...
...as vibrações melodiosas da ode que vem dos arvoredos. São os pássaros regozijando-se por você.


Guarde...
...em seu coração e nas reminiscências cada uma destas palavras, pois evocam o bem.


Envolva-se...
...neste momento, nos fraternos braços de Jesus e receba o abraço amigo e afetuoso do Pai!

Escolha pensar positivo!


"Um mais um é sempre mais que dois"

Você já tentou montar um quebra-cabeça incompleto? Difícil, não?
O mesmo se aplica em nossa prática profissional. Você é peça fundamental para que o todo funcione bem. Dar as mãos é a essência do trabalho em equipe, afinal, a máxima "uma andorinha só não faz verão" não fora disseminada entre nós por acaso.
O fardo fica mais leve quando todos se empenham pela busca de um mesmo ideal; se numa embarcação cada tribulante decidir remar numa direção, a nau não sairá do lugar.
Pense bem! Como já disse Paulo Freire, é preciso encontrar a unidade na diversidade!
Abraçar uma causa, comungando das mesmas ações, suaviza a caminhada e revitaliza as esperanças.

(by Monica Carretero)
O Sal da Terra
(Beto Guedes)

Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Bem que tá na hora de arrumar...

Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver...

A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da...

Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maça...

Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Prá melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois...

Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra, amor...


Ouça esta canção!

O segredo

Algumas metáforas são mais elucidativas que qualquer definição enciclopédica!
O vídeo que trago aqui nos convida a filosofar sobre o artifício de viver, servindo-se de alegorias que traduzem, a meu ver, o que acredito ser o segredo do sucesso.
Não vou me alongar, pois o vídeo deve dizer mais o som das palavras. Aliás, evoco o silêncio para que não percamos um movimento sequer, principalmente os mais sutis e imperceptíveis.
Antes, porém, conceda-me a licença de criarmos um código: durante a fruição deste espetáculo considere como ingredientes sustentadores da vida o equilíbrio e a paciência; considere como meio de viver a concentração naquilo que de fato é necessário (o supérfluo só dificulta a manutenção do que já temos), como razão para viver (por que não a própria vida?) a pena que está na gênese da história.

Permita-se tirar outras conclusões!!!! Metáforas são preciosas, pois permitem que os vários olhares se encontrem, se neguem, se complementem...





Viva a criança que há em você


segunda-feira, 15 de julho de 2013

De como me tornei leitora

© Elena Vizerskaya
Sorvia da leitura apenas vestígios de um doce perfume há muito derramado nos interstícios de cada letra desenhada. Deleitava-me do pouco álcool que não se deixava volatilizar das páginas fugidias, entre meus dedos a escorregar. E isso era o bastante para produzir o encantamento perfeito.
Eu, ébria sem beber uma gota sequer de palavra do coração emergida, das mãos parturejadas pelo artesão a bordar sobre a folha alva.
Jamais pretendera mergulhar no desconhecido. Contentava-me com a brisa que beija a face e pouco dela deixa ao esmaecer. Temia o vendaval? Se o conhecesse antes, certamente não. Mas qual surpresa ao ser roubada pelo torvelinho! Num violento arroubo me descubro.
Ah! Pretensões à parte, experimentei do néctar dos deuses.
Os olhos se abriram para o que outrora era breu. Ascensão e assunção do que se pode ver, ouvir, sentir. Um desvairado desejo de se emaranhar, escavar até encontrar os alicerces. Conhecer da fruta não só o sabor, mas a semente, cada gene, e num transbordamento do eu, por que fora plantada ali.
Caminho sem volta!
Cá estou eu, escolhendo palavras, arquitetando as letras que bailam ao léu da néscia tentativa de edificar a poesia de aprender, a cada dia!

A vida é poesia quando se acredita no bem...


Verdades que não contesto


Você pode crer?

Há de vir o dia em que...

O perfume das flores exalará a paz;
As lágrimas dos tristes se transformarão em lagos sorridentes;
A voz dos fracos superará a opressão aos brados;
As manter-se-ão dadas;
Os olhos enxergarão a essência da alma;
Os homens alcançarão a plena felicidade

(by Monica Carretero)

Se eu precisasse fazer um discurso, assim seria!


Saúde...


...força que faz vencer os desafios e se recuperar da derrota!

União...


...instinto fraternal que supera as diferenças e enfraquece a discórdia!

Fé...


...mistério, dom de acreditar no insólito e arriscar-se na engenhosa arte de viver!

Felicidade...


...saber encontrar naquilo que se tem a grande razão de viver!

Paz...


...doce canção que nina sonhos e que nos leva a caminhar com segurança pelas veredas da vida!

Amor...


...toda forma de expressão Divina, doação incondicional, assim como o Pai entregou à sorte mundana seu doce filho Jesus...


(as belas ilustrações de Mariana Kalecheva caíram feito pluma)