quinta-feira, 4 de julho de 2013

A delícia de amar alguém!

Beatriz fora cantada por Chico Buarque...pela formosura da qual já era dona antes de nascer.
Mas fora cantada com uma melancolia que em nada combina com a minha Beatriz.
Fora imortalizada na canção como aquela que provoca uma nostalgia nevrálgica, mas a Beatriz que habita minha vida só sorrisos me provoca.
E esse sorriso, que só de pensar já se desenha em meus lábios, provoca-me reflexões sobre a faculdade de amar alguém.
Amar quem te gerou e acolheu desde as primícias, alimentando com o mais virtuoso zelo, derramando carinho desmedido, doando vida sem esperar um mínimo sinal de gratidão, ao meu ver é tarefa simples, quase natural. Pelo menos esta é a relação que estabeleci com minha mãe.
Mãe, papel que ainda não acumulo em minha vida. Quem viveu a experiência diz transbordar de amor pelo ser quando este ainda não passa de um aglomerado de células, sem rosto, sem forma, mas pulsante do desejo de descobrir o advento da vida.
Também é possível amar pelo tempo construído ao lado de algumas pessoas, porém, neste caso, fazemos escolhas (há quem diga que o coração ama sem razão alguma), já que acredito nas mais variáveis formas de manifestação deste sentimento que, segundo a cultura mosaica, compõe uma diretriz secular se quisermos ser dignos do reino de Deus.
Sim, o amor é divino e para mim, a definitiva prova da existência do bem! Porque aqueles olhinhos curiosos  e a festa com que ela me recebe são capazes de recuperar toda esperança perdida entre as pedras do caminho. Como é que conseguiu me conquistar tão sutilmente, sem usar um artifício sequer? São mistérios tão singelos que prefiro não decifrar, mas que impelem a divagar.... O amor é algo indefinível, não deveria nem estar listado no dicionário, seria blasfêmia.
Ah Beatriz, então chega você para me dizer o que é o amor. Tão pequena e tão sábia. Nunca duvidei do amor e jamais o concebi como um conceito. É preciso sentir, vivê-lo. E então chega minha princesa mais princesa de todas (é assim que a chamo) para confirmar todas as minhas hipóteses e preencher um vazio que existia justamente para recebê-la.
Minha vida ganhou um matiz especial e eu recomendo a todos que se permitam viver um grande amor! Não estou fazendo apologia à maternidade nem campanha contra. Mas é possível viver um grande amor sem ter se entregado à ventura de gerar uma vida ou de viver um tórrida paixão.

2 comentários: